Nosso método de trabalho respeita a essência, a forma e a especificidade que como os povos se organizam para trocar conhecimentos, elaborar discursos, elencar sugestões e difundir seus saberes na atualidade. Estimula a participação indígena em reuniões, eventos e demais atividades de interesse das comunidades em suas mais variadas formas de representação. A diversidade em termos de gênero e faixa etária permite que indígenas que se dedicam a distintas atividades dentro de sua organização social, possam se posicionar e contribuir com seu olhar situado sobre um determinado tema. A multiplicidade destes atores reunidos, contribuem para uma visão mais abrangente do cenário em que estão inseridos, permitindo que sejam contemplados um maior número de pontos de vista e fortalecendo a autonomia de cada povo.
Entre as ações desenvolvidas junto aos povos indígenas distinguem-se: a gestão sustentável do território; orientação para organização política e institucional das comunidades indígenas com foco no acesso às políticas públicas e a garantia de direitos; a valorização e afirmação cultural dos povos indígenas; o acesso à educação escolar indígena diferenciada, valorizando os saberes tradicionais e agregando-os à base curricular de ensino; o apoio as práticas de subsistência dos povos indígenas e desenvolvimento às atividades produtivas não madeireiras e sustentável; e, a tradução de informações técnicas referente aos impactos ambientais e possíveis alterações no modo de vida das comunidades, identificados no monitoramento ambiental.
Planos de Vida dos povos Indígenas – Foram construídos de forma participativa e publicados um total de 8 Planos de Vida, uma importante ferramenta política de gestão, que tem como base as diretrizes da Política Nacional de Gestão Territorial e Ambiental de Terras Indígenas (PNGATI) e que busca garantir e promover a proteção, a recuperação, a conservação e o uso sustentável dos recursos naturais das terras e territórios indígenas, assegurando a integridade do patrimônio indígena, a melhoria da qualidade de vida e as condições plenas de reprodução física e cultural das atuais e futuras gerações dos povos indígenas, respeitando sua autonomia sociocultural (Decreto 7.747 de 2012).